quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Fora do Ar


Nem tudo se mostra quando o tempo passa.
Ignorar, não diminuiu minha dor.
Confiar nem sempre é um risco.
O baú de segredos não pode falar!

O silêncio grita ao meu lado de olhos fechados;
Não da para ver o mundo, está tudo girando.
Onde está a menina de olhos claros?
Minha TV saiu do ar, não vejo mais você...

À distância me deu o que não queria;
Esquecer aquelas tardes verdes, noites frias!
Ainda guardo as palavras que vi você dizer;
Não se afaste de mim, não deixe isso acontecer.

Mas, achei algo mais forte que eu;
O tempo passou e não cedeu.
Foi bom enquanto durou, talvez não acabou...
Minha TV voltou lembranças do que sobrou...!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Contradição

 
Não sei o que acontece comigo,
por ter que aceitar o que não aceito.
que acreditar no que eu não acredito,
é como pedir sol no dia de chuva.

É a contradição que habita em mim,
dizer sim, quando quero dizer não, sim.
Quero amar, mas não depende só de mim,
estou sozinho na companhia.

É o mesmo que a lua,
que tem sua metade na outra metade do dia.
São tantos caminhos para escolher,
mas qual, quando, distancia de mais...

O que acontece comigo, porque justo comigo,
será que preciso de um mapa?
preciso situar-me, preciso de paz para pensar,
de momentos reflexivos...

Tá difícil de encontrar, meus olhos não enxergam,
mas sinto que vou chegar.
não sei onde, não preciso saber,
só ir tão longe, até as pernas caírem.

Acreditar que ah um fim para começar uma nova vida,
que brilhará em uma outra esquina.
Tempestades caem, não tenho guarda-chuva,
vou lavar a alma, limpar a mente, banho que apura,

a distância que ah, entre em mim e a minha busca,
tão longe quanto o completo e o não inteiro.
A contradição mais uma vez me atinge no peito,
derruba meus conceitos é a lei do movimento.

Tão rápido que não enxergo.
Acho que estou longe de casa,
tão longe que tenho saudades,
preciso mais uma vez ver o quanto
preciso de mim para não ser um ser sozinho...

Ter medo do medo




Um dia me falaram que tinha que ter medo, por quê?
me falaram da cuca, bicho papão, o que isso tem haver?
O medo vai salvar você, não consegui entender...
Será que um dia vou saber?

Tudo acontece um dia, e tive medo de mim mesmo.
Mas quando me vi, não sei dizer bem o que...
Foi como não me conhecer diante de tudo.
O mundo cai sobre mim, é o inicio...

Como posso me calar vendo tudo isso?
Mas quem vai entender o que não se pode entender?
Estou perdido, não encontro à luz no fim do túnel.
Será que só eu tô no escuro? E esse silêncio?

Ter medo do medo é me esconder de mim mesmo.
Matar pouco a pouco tudo que tenho por dentro.
Só sei que nada sei, e continuo não entendendo.
Mas por medo de perder, continuo perdendo.

África, Brasil


 


Sinto em você a falta daquilo do que não ter
Sinto que tenho que andar, sorri para a luz.
Ver a noite que brilha... é o sol por trás da lua.
Face da vida nua e crua, mas não vai chorar.

Quero ter o direito de cantar e encantar,
Passear pela rua de casas de barro,
Com o tambor, maravilhas do negro.
Cantando ladainhas de meu avô.

Não vou me calar, não posso parar.
Tenho sempre que dizer do orgulho,
Daquela gente, que mexe, que é bonita,
Que suinga das mãos calejadas

E brota da escrita, rabisco em placas de argila,
De um povo que tirado do seu mundo
Em navios, veio criar o futuro do Brasil.
É o homem de cor que coloriu.

Burro absoluto



Que engraçado o ser humano no mundo,
ter certezas, levianos, idiotas, grande pobreza.
Cansei de ser absoluto, não mudo e ponto.
Boas palavras falam, e talvez eu, ninguém entenda.

Porque ninguém? tô sozinho na frente.
Gritando, gritando... Inconseqüente sem valor,
uma lágrima, grande torrente, desce.
Move rios, mudam caminhos, arrepios.

Quero levar você, invadir mente corroer,
dilacerar tua palavra, sem respeito, nem conceito.
Espera por mim sou tua salvação, sigo sem saber,
o relógio me diz que o tempo não passou, nem parou.

Não sou sozinho, ah sempre um vizinho do lado.
Queres ser um lobo solitário, use do direito, seja.
Mais o que acredito é meu por natureza, muda.
                            Até o momento, nada me fez acreditar, seu lugar esta vazio.

sábado, 11 de setembro de 2010

Pandeiro é poesia

Mão na massa, pandeiro é raça, não quem disfarce!

Minha homenagem ao negro Pc, meu pandeirista!
verse, verde, verse
sambe, sambe, sambe
seja, seja, seja
sempre,sempre,sempre