terça-feira, 14 de setembro de 2010

Contradição

 
Não sei o que acontece comigo,
por ter que aceitar o que não aceito.
que acreditar no que eu não acredito,
é como pedir sol no dia de chuva.

É a contradição que habita em mim,
dizer sim, quando quero dizer não, sim.
Quero amar, mas não depende só de mim,
estou sozinho na companhia.

É o mesmo que a lua,
que tem sua metade na outra metade do dia.
São tantos caminhos para escolher,
mas qual, quando, distancia de mais...

O que acontece comigo, porque justo comigo,
será que preciso de um mapa?
preciso situar-me, preciso de paz para pensar,
de momentos reflexivos...

Tá difícil de encontrar, meus olhos não enxergam,
mas sinto que vou chegar.
não sei onde, não preciso saber,
só ir tão longe, até as pernas caírem.

Acreditar que ah um fim para começar uma nova vida,
que brilhará em uma outra esquina.
Tempestades caem, não tenho guarda-chuva,
vou lavar a alma, limpar a mente, banho que apura,

a distância que ah, entre em mim e a minha busca,
tão longe quanto o completo e o não inteiro.
A contradição mais uma vez me atinge no peito,
derruba meus conceitos é a lei do movimento.

Tão rápido que não enxergo.
Acho que estou longe de casa,
tão longe que tenho saudades,
preciso mais uma vez ver o quanto
preciso de mim para não ser um ser sozinho...

Um comentário:

  1. Essa contradição habita todos nós... ela faz parte da nossa convivencia diária com o próximo. Devemos preservar nossos ideais, nossos valores, nossos conceitos. Mas temos que abrir mão de certos moldes e, principalemnte, de certas percepções. Do contrário, tudo o que nos é estranho, faria parte do inaceitável.

    gostei da confusão sutil e acertada das palavras...
    enfim, eu volto!

    ResponderExcluir