terça-feira, 14 de setembro de 2010

África, Brasil


 


Sinto em você a falta daquilo do que não ter
Sinto que tenho que andar, sorri para a luz.
Ver a noite que brilha... é o sol por trás da lua.
Face da vida nua e crua, mas não vai chorar.

Quero ter o direito de cantar e encantar,
Passear pela rua de casas de barro,
Com o tambor, maravilhas do negro.
Cantando ladainhas de meu avô.

Não vou me calar, não posso parar.
Tenho sempre que dizer do orgulho,
Daquela gente, que mexe, que é bonita,
Que suinga das mãos calejadas

E brota da escrita, rabisco em placas de argila,
De um povo que tirado do seu mundo
Em navios, veio criar o futuro do Brasil.
É o homem de cor que coloriu.

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